Luci Afonso e "O Guardião da Manhã"
Cinthia Kriemler Luci Afonso é uma pessoa única. Logo de início, quando enxergamos apenas sua casca, cometemos a imprudência de considerá-la quieta, mansa. Depois, quando escolhemos procurar mais a fundo e escutar além daquela voz harmoniosamente baixa, rompe-se para nós um vulcão. Luci é, de uma ponta a outra, percepção. Percebe e retrata o humano, o inumano, o deslize, o pecado, a vocação, o empenho, o humor, a rebeldia. E respeita cada personagem em suas nuanças de vida, como respeita a cada um de nós, modelos. Pessoas que não sofrem, ou que se recusam a sofrer, ou que se recusam a mostrar que sofreram me amedrontam. Porque só depois que o sofrimento enfia as unhas na nossa alma é que a gente começa a notar o que realmente conta. A alma de Luci deve ser bem unhada... Suas crônicas refletem a postura de uma vida que ainda sabe sonhar. O mundo, em seus simples pormenores, ganha graça, elegância e beleza pelas mãos da cronista. Dia 28 de maio próximo, quinta-feira, Luci Afonso lançará