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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Prêmio Rubem Braga de Crônicas

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E-mail recebido do Secretário Municipal de Cultura de Campos do Jordão, Benilson Toniolo, comunicando o resultado do Prêmio Rubem Braga de Crônicas Em Ter 21/01/14 21:19, premiorubembraga premiorubembraga@bol.com.br escreveu: Prezados Amigos, É com grande alegria que anunciamos o resultado final do Prêmio Rubem Braga de Crônicas, organizado pela Secretaria Municipal de Cultura de Campos do Jordão através da Biblioteca Municipal Prof. Harry Mauritz Lewin. O concurso recebeu um total de 126 textos, sendo 08 de autores jordanenses e 118 do restante do País. Participaram escritores de 64 cidades de 13 Estados brasileiros  ( SP, RJ, MG, RS, GO, BA, AL, PI, PE, PR, SC, CE E AM, além do DF). A entrega dos prêmios aos vencedores da categoria Autor Jordanense será feita durante a 3. Exposição dos Escritores de Campos do Jordão, em data ainda a ser anunciada pela Secretaria de Cultura. Os vencedores da categoria Autor Nacional receberão suas premiações pelos Correios. O

Antologia é voar em bando

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Lançamento oficial da antologia bilíngue português-italiano  "Pensieri in Parole" no Brasil.   Casa das Rosas, São Paulo. 22/01/14. Edição: A.C.I.M.A Mandala Organização e apresentação:  Mariana Brasil

Dias perfeitos

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Foto: Tânia Tiburzio Cecília Meireles Dias perfeitos são esses em que a Metereologia afirma, vai chover e chove mesmo: não os outros, quando se anda de capa e guarda-chuva para cá e para lá, até se perder um dos dois ou os dois juntos. Dias perfeitos são esses em que todos os relógios amanhecem certos: o do pulso, o da cozinha, o da igreja, o da Glória, o da Carioca, excetuando-se apenas os das relojoarias, pois a graça, destes, é marcarem todos horas diferentes. Dias perfeitos são esses em que os pneus não amanhecem vazios: as ruas acordam com dois ou três buracos consertados, pelo menos; o ônibus não vem em cima de nós, buzinando e na contramão; e os sinais de cruzamento não estão enguiçados e os guardas estão no seu posto, sem conversa para as morenas nem para os colegas. Dias perfeitos são esses em que não cai botão nenhum da nossa roupa ou, se cair, uma pessoa amável aparecerá correndo, gastando o coração, para no-lo oferecer como quem oferece uma rosa, deplorando

O primeiro a gente nunca esquece

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Modesto, mas precioso. Fotos: Décio Dias França (A crase no titulo do conto é do revisor.)

Festa

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Cecília Meireles Entre muros brancos de fortaleza, o som do piano. A sombra do piano projetada nos muros brancos, desconforme. Duas mãos pequenas fazem toda aquela música, rumorosa, grandiosa: aquele oceano sentimental. É um mundo de cravos vermelhos presos em fitas douradas; de rendas, de joias enormes.   Os parapeitos derramam-se para a noite, para o espaço, para a via láctea. E as moças nos: parapeitos são outras vias lácteas, são cometas diáfanos, com seus longos vestidos vaporosos, seus cabelos em nuvem, a fosforescência da sua ornamentação.   Em toalhas de renda com laços cor-de-rosa, iremos comer manjar branco, com umas colheres de prata que a luz fosca dos grandes lampiões converterá em longos peixes esguios, de cauda blasonada. A noite cálida tem uma frescura subterrânea, em redor dessa mesa descomunal, de um tempo de fidalgos gigantescos, treinados em cavalgadas, caçadas, espadas — mas também com certo requebro lânguido, fadigas saudosas de linhos macios, c

Devagar e perigosa

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Luci Afonso Acabo de descobrir que sou mais uma vítima da síndrome do carro na garagem — SCG. De início notei que andava mais lenta: — Ô lesma! — Ô roda presa!  — Morreu, vó? Depois comecei a perder o controle de embreagem: — A senhora comprou a carteira no Goiás? — perguntou a dona do Voyage cujo para-choque amassei na tesourinha da 112.   Logo em seguida, vieram as manobras perigosas, feitas numa espécie de transe. Quando eu percebia, estava prestes a bater. — Sua loooouca! — gritou a mulher do Corsa que desviou por milagre, quando saí bruscamente de uma agulhinha. O trânsito de Brasília é um costurar sem fim, mas depois de 25 anos sem multas nem acidentes, fui surpreendida pela fobia ao volante. Senti-me incompetente. Começaram as cobranças: — Você está gastando demais com táxi — comenta Tia Afonsina. — Cadê o carrão? — pergunta o porteiro do prédio para onde acabo de me mudar. A síndrome do carro na garagem — SCG atinge pessoas ansiosas e perfeccion