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Mostrando postagens de abril, 2010

Brasília em cordel

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Gustavo Dourado: três meses para a produção do livro sobre a cidade "Brasília tem todo um processo histórico, mitológico, onírico". É o que o autor do livro Brasília 5.0 - antologia de cordel, Gustavo Dourado, destaca sobre o cinquentenário da capital federal, celebrado em cordéis de sua autoria, que contam a história de artistas, pensadores e jornalistas apaixonados pela cidade. Defini-la a partir das experiências de gente profundamente envolvida com Brasília custou a Dourado dias de muito trabalho. "Fiquei escrevendo de manhã, de tarde e à noite durante três meses. Passava pra cada um, que dizia, 'tira isso, inclui isso'. Tem caráter biográfico e de pesquisa", explica o escritor sobre a composição dos textos. O livro será lançado hoje, a partir das 19h, no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília (ao lado da Rodoviária). Cinquenta nomes da cultura local, entre eles Vladimir Carvalho, Reynaldo Jardim e Paulo Tovar, sintetizam o legado imaterial da

Errata

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Luis Fernando Veríssimo Na página 12, linha 16, onde está “Beije-me, desgraçado” leia-se “Deixe-me, desgraçado”. Na página 13, linha 39, onde está “...da tia de Heidegger” leia-se “...da teoria de Heidegger”. Na página 28, o trecho que começa com a frase “Na água-furtada da mansão” e termina em “riso incontrolável” está completamente truncado. A segunda linha do trecho — “quando Melissa e Rudy surpreenderam Athos abrindo a barriga do gato” — deve ser a quarta. A quarta linha — “não posso, não posso me controlar! Quando a lua entra no quarto crescente eu começo a minguar e...” — deve ser a terceira. E a terceira — “uma linha de lanceiros se estendia por todo o horizonte” — deve ser de outro livro. No mesmo trecho, onde está “açude” leia-se “açoite” e onde está “reumatismo” leia-se “pragmatismo”. O autor não pode garantir que a ortografia da palavra em sânscrito esteja exata. E o ponto e vírgula depois de “bolor dos séculos”, claro, é ridículo. Página 111, terceira linha: onde est

Pequenina crônica para o menino triste

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André Giusti O menino triste que mora em meu prédio está lá embaixo quase todas as vezes em que chego ou saio, sempre levando pela coleira dois ou três cachorros. Não distingo as raças, de cães entendo apenas de fazer festa nos mais dóceis e manter distância dos mais bravos. Só sei que em cada leva que vai para o passeio, são diferentes os bichos. A mãe do menino triste tem 14 cachorros dentro de um apartamento, para a revolta e incômodo dos vizinhos. É do tipo que acha que cachorro é mais importante do que gente, do que criança, que é a melhor espécie de gente. Respeito os bichos, mas ainda penso que as pessoas, apesar de todos os problemas que trazem, são mais importantes. Morando em um “canil”, é compreensível que o menino viva lá embaixo, invariavelmente com duas ou três coleiras na mão. Passa ao largo das outras crianças do prédio, desvia das correrias. Quando está longe — e quase sempre está — arrisca olhar as brincadeiras, e em meio a cocô, xixi e latidos, parece dar como jus

Revisar o próprio texto

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Repassar o próprio texto, à procura de falhas de concepção e redação, pode salvar o dia Revise cada escrito, do texto a ser publicado ao e-mail mais despretensioso. Na revisão, é preciso fingir ser o próprio leitor de um texto que você fez, para buscar as questões que o rascunho pode ter deixado de fora. O leitor ou ouvinte não deve passar pelas dificuldades que você passou ao ler o próprio original. Leitura final - Tenha em mente o projeto de texto que você se propõe. - Confira se o texto flui ponto a ponto. - Verifique se afirmações se antecipam a eventuais indagações do leitor. - Corte o que for irrelevante. - Não omita informações; não exagere nos detalhes. - Não insista em fatos de que o leitor já disponha. - Disponha de forma linear os elementos da frase. - Não desvie do assunto. - Veja se os trechos não devem ser distribuídos noutro ponto do texto. - Não repita conectores, muitos "que" para iniciar explicações ou restrições a termos já expostos. - Busque

Feliz Páscoa

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Frei Betto Feliz Páscoa aos que desdobram a subjetividade, rompendo a casca do ego para deixar renascer a mulher ou o homem novo, e a quem se nutre de TV sem enxergar as maravilhas encerradas no próprio peito. Feliz Páscoa aos artífices da paz que, entre conflitos, exalam suavidade, não achibatam com a língua a fama alheia, nem naufragam nas próprias feridas. E aos emotivos que deixam escapar das mãos as rédeas da paciência e nunca abandonam as esporas da ansiedade. Feliz Páscoa aos que tecem com o olhar o perfil da alma e, no silêncio dos toques, curam a pele de toda aspereza. E aos amantes tragados pelo ritmo incessante de trabalho, carentes de carícias, que postergam para o futuro o presente que nunca se dão. Feliz Páscoa a quem acredita ser o ovo portador de vida, sem que a fé exija que o quebre, e aos incrédulos e a todos que jamais dobraram os joelhos diante do mistério divino. Feliz Páscoa aos que identificam as trilhas aventurosas da vida mapeadas na geografia de suas rug