Filhos de mil pais
“... todos nascemos
filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade
de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e
se gere um cuidado mútuo. Como se os nossos mil pais e mais as nossas mil mães
coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros.
Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão
passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós.”
(Trecho do romance O filho de
mil homens, de Valter Hugo Mãe. São Paulo: Cosac Naify,2012.)
Imagem: Aldeia,
Marina Heingantz
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