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Mão na cabeça

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         Luci Afonso     — Mão na cabeça! — gritou a Sargento Ivone.   — Deitado no chão! — mandou o Soldado Bocca.   O ladrão ficou confuso. Os policiais repetiram as ordens. Na dúvida, ele se deitou no chão e pôs as mãos na cabeça, sendo logo algemado e conduzido à viatura.     O Cabo Elias aguardava ansiosamente a chegada do último camburão para saber se poderia dormir um pouco. Ouviu a primeira porta do veículo se abrindo; ouviu a segunda (o coração sempre disparava nessa hora); ouviu a terceira, o que significava que algum infeliz fora preso. Sentiu vontade de chorar: ficaria até de manhã sem dormir, lavrando a ocorrência nos mínimos detalhes. — Culpa sua.   Culpa sua! — ele reclamou ao colega de plantão, que não lhe dava sossego. No dia seguinte, andaria pela casa como um autômato, sem que o sono viesse. Isso ocorria pelo menos três vezes na semana, o que vinha lhe causando uma estafa permanente. A Sargento Ivone também estava com dificuldades. Na