A palavra que salva
Marcelo Abreu Isolda e Gabriel Marinho fizeram da literatura o próprio caminho. A obra dele despertou interesse de um cineasta e pode virar filme. Mãe e filho lançam hoje seus livros escritos com dor e esperança. Ele, portador da síndrome de Asperger, venceu os próprios medos, o preconceito de uma sociedade despreparada e mergulhou na literatura. Ela, poetisa de nascença, lutou desesperadamente por ele e retratou a vida com a delicadeza de quem renasce. Aos 6 anos, Gabriel Marinho desenhava aviões. A professora chamou a mãe e lhe disse: “ Seu filho só pensa nisso ”. Aos 9, interessou-se por futebol. Inventava, criando desenhos, times, uniformes e campeonatos. Aos 10, ele sentiu medo. Ao ouvir um trovão, se escondia debaixo da cama. Uma tia psicóloga, irmã da mãe do menino, chamou-a e disse: “ Esse medo não é normal. Procure um especialista ”. A mãe não percebeu nada de errado. Aos 13 anos, uma tristeza sem razão invadiu a alma do adolescente. Isolou-se dos amigos e da família. A ps