Mensagem de Natal
Luiz Carlos Ribeiro Borges
Em dezembro cintilam
os signos de natal.
Não, não luzes e estrelas
ou paisagens com neve;
nem, ao redor da árvore,
as caixas coloridas.
Outros signos existem,
sutis, quase invisíveis,
expressos nos olhares
e silêncios tácitos:
uma alegria urgente
perambula nas ruas,
mostra-se em cada esquina
nos rostos transeuntes.
Insensata alegria,
ancestral e pagã,
em que, sem dizer nada,
no outro me reconheço.
As luzes do natal
são o signo visível
deste diverso símbolo:
a chama que nos anima.
A esse entusiasmo,
em que nos descobrimos
parceiros de viagem,
irmãos de travessia,
a essa chama vital
podemos chamar: Deus;
ou então, simplesmente,
dizê-la: humanidade.
perambula nas ruas,
mostra-se em cada esquina
nos rostos transeuntes.
Insensata alegria,
ancestral e pagã,
em que, sem dizer nada,
no outro me reconheço.
As luzes do natal
são o signo visível
deste diverso símbolo:
a chama que nos anima.
A esse entusiasmo,
em que nos descobrimos
parceiros de viagem,
irmãos de travessia,
a essa chama vital
podemos chamar: Deus;
ou então, simplesmente,
dizê-la: humanidade.
Luiz Carlos Ribeiro Borges nasceu em Guaraci, no interior do Estado de São Paulo, e reside em Campinas desde 1956. É escritor, crítico e cineasta, membro da Academia Campinense de Letras. borges.luiz@terra.com.br
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