Linguagem
Anabe Lopes
Busco nos recônditos da lembrança
a linguagem da plebe em que fui formada
e linguagem do amor e da dor em que fui gerada
Sorverei o perfume dessa flor teimosa
Que vomitará o tédio,
Sobre o negro asfalto,
De piche, de pedra e de sangue
Ela expressará o sentido da seiva
corrente nas artérias
do homem morto sob o asfalto
que fará nascer uma esperança amarela
De um futuro negro,
E haverá mais flores rompendo o nojo
Teimosas e amarelas flores
Amarela esperança.
Decifrará dor de que somos feitos
Desfará o nó de existir
Despencará no mundo escurecido
Iluminado canto alegre
de pássaros teimosos
ao nascer de um dia
teimoso e ensolarado
que vencerá a poluição
e simplesmente
brilhará!!
lindo, mui lindo, tão lindo que tomei a liberdade de postá-lo no meu blog, guardando os devidos créditos, maravilha poeta boa sorte. abraços.
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